Não é preciso uma folha qualquer
para se desenhar um sol amarelo. Nem cinco ou seis retas são necessárias para
fazer um castelo. Um lápis em torno da mão pra fazer uma luva, também não. E
pra que dois riscos pra fazer um guarda-chuva se o gostoso da brincadeira é se
molhar?
Voando e contornando as imensas
curvas norte e sul de um pequeno quarto, vai a imaginação de uma criança! Como
é fantástico!
Dia desses estava brincando com
meu menino, que vai fazer dois anos, e me coloquei a pensar nestas coisas. Com
algumas peças de um quebra-cabeça enfileiradas no chão, em linha reta, ele
virou pra mim e disse:
“- Ó papai, o meu catelo!”
Não tinha nada a ver com um
castelo, mas na cabecinha dele devia ser “O CASTELO”. Dava para perceber a
alegria dele e o orgulho por ter feito um castelo enorme, bastante comprido,
juntando acho que umas 15 peças de diferentes quebra-cabeças.
Em outras ocasiões, minha mão
vira um dinossauro falante! E dependendo do tom das falas desse réptil extinto
há milhões de anos, o pequeno chega a rir ou até mesmo a ficar com medo. Quando
bato na porta do banheiro antes de ir tirá-lo do banho, pergunto quem é e ele
grita:
“-Obo mau!”
A imaginação é um universo de
possibilidades. E acho que estou no caminho certo para ajudar o guri a desenvolvê-la.
Desde muito pequenino, procuro fazer com que ele se interesse por livros,
músicas, histórias em quadrinhos, desenhos.
Minha mãe me passou esses hábitos
- ler muito, ver muitos filmes e ouvir muitas músicas. E graças a isso acredito
ter uma imaginação muito fértil. Espero poder passá-la aos meus filhos! A vida
sem imaginação é muito, mas muito chata mesmo!
Já com ela, é como se tivéssemos
um barco à vela, branco, navegando por céu e mar, chegando até o Havaí, Pequim,
Istambul ou muito mais longe! Onde nenhum homem jamais esteve!
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